quarta-feira, 26 de maio de 2010

Filosofemos:

Where am I?
Who am I?
Why am I?
Am I?
I?


A vida é assim, existir num mundo que flutua a esmo pelo universo, dando voltas em um pequeno astro, denominado Sol.
Nos enganarmos com o fato de, talvez, sermos os mais sábios dentro de "nossa propriedade".
Sofrer, cruelmente, o castigo de não sabermos absolutamente nada.

"Viva à ironia que há em ser irônico"
¬¬'

sábado, 22 de maio de 2010

Poema antigo (se não me engano, de 2008), mas ultimamente tem retratado bastante do que eu sinto:



Saudade, às vezes bate.
E dói. Dói muito. Dói tudo.
Saudade muda a gente.
Transforma tudo.
Transforma músculos em bombas...
Estou sentindo
Que meu peito vai explodir
A qualquer instante.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O mensageiro das almas dos que virão ao mundo

“Como era diferente”. Pensava ele, lá de cima. “Eu era tão feliz”.

Realmente era. Não haviam compromissos, não haviam obrigações e as que haviam ele simplesmente ignorava. É verdade que ele também não tinha dinheiro algum, mas com isto ele não se importava.
Ele tinha amigos, grandes amigos. Ainda se lembra claramente, como se fosse ontem (e não foi?): eles estavam todos sentados em roda no pátio da escola, era o ultimo dia de aula, mas não o ultimo como amigos, eles jamais deixariam de ser amigos. Trocavam abraços, trocavam gargalhadas estridentes. Ele tocava violão, tocava musicas que o lembrava o quanto se sentia feliz em ter aquelas pessoas ao seu lado. Parecia que só haviam eles por lá.

As outras pessoas jamais conseguiram entender de onde vinha tanta união, tanta felicidade.

Ele e seus amigos faziam juramentos, jamais iriam se separar, não poderiam deixar o tempo afastá-los. Suas amizades seriam eternas.

Após anos, sentado na pedra mais alta da solidão, ele se pergunta: “O que é a eternidade?”

♪♫♪♪
“Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre, sempre acaba..."
♪♫♪♪

domingo, 9 de maio de 2010

Lembranças de um tempo em que ele não mais era.






E o velho acordou.
Foi um sonho tão estranho. Ele não se lembra mais. "Quem sou eu?" "Quem eu era?"

Quando jovem se fazia perguntas parecidas: "Quem eu serei?" "Quando eu serei?" Ele tinha tanta vontade de avançar no tempo, para poder ver quem vai ser, para poder saber o que pode dar errado, mas sempre que ele pensava em desistir de tudo isso, ele desistia da idéia.

Hoje ele se pergunta se foi certo o que fez. Acorda todos os dias de manha pensando se ele poderia voltar e alterar todo o seu passado.

E se por (dês)ventura ele conseguisse? E se ele mudasse todas as coisas que ele não queria ter feito? E se ele deixasse de ser quem hoje ele é? Será que ele ainda poderia mudar? E se mudar, quem ele será?

Ele pensa bem. Ou talvez nem tanto. Talvez ele pense demais. Talvez já não pense mais.

 Vai levando a vida assim, sem pressa, sem rumo, sem medo, sem ninguém, sem nada.

Ele pega seu violão, toca  musicas que nem ele mais sabe se conhece. Toca notas que já não fazem o menor sentido para ele. E dorme, como quem dorme depois de um dia cheio de saudade e tristeza. Sonha com imagens que já não mais fazem sentido algum. Talvez elas sejam lembranças de um passado que não mais o pertence. Que não foi dele. Que dele não é... Porque ele não é.