quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A dança da vida

Joga o dado
Toca pro lado
Marca o passo
Largue a bola
Beije a garota
Gol!

Cartas viradas
Jogo desmarcado
Tiro cruzado
Um fora
Zero a zero
Tchau!

Cartas marcadas
Dado viciado
Pisa no pé
Moédas falsas
Coração partido
Partiu!

Bola pro lado
Escanteio
Pega a manete
Dance sozinho
Nova música
A vida é assim.

Marque outro jogo
De reset
Troque o disco
Assuma o risco
A vida é um jogo
Sorte ou azar?

sábado, 8 de agosto de 2015

Lábios de morango.

O tempo correu.
Ela nem parece a mesma.
Mas é.
O mesmo sorriso,
Os mesmos lábios,
As mesmas manias.

Não, é ela!

Mas é tão diferente.
Cresceu.
Mente e corpo.
O sorriso agora mente.
Olhos outros.

Não é ela! 

É outra.
Mesmo é o amor.
Mesma amizade.
Mesmo carinho.
Suas manias, maninha...
Minha moranguinho.

Sim, é ela!

domingo, 2 de agosto de 2015

Bem vindo à vida!

Vejo um céu azul, cheio de pipas. O sol, forte, queima a pele depois de tanto tempo parado no mesmo lugar, na mesma varanda. Outro tempo. Tempos outros. Anos e anos.

A goiabeira cresceu. Hoje ela dá frutos, faz sombra, suja o quintal. As montanhas, no horizonte, diminuiram. O tempo passou. Tempos idos. Anos bem vindos.

Me olho no espelho. Não me enxergo. Vejo outro. Anos atrás. Anos mais velho. Anos perdidos (ou terão sidos ganhos?).

Parece que foi ontem. Parece que nada mudou. Não me lembro do ano passado. Nem do anterior. Ou do anterior. Ou do anterior...

Me lembro de ontem, cinco ou seis anos atrás. Eu. Não este eu. Outro eu, de outra vida. Vidas passadas. Vidas idas. Idas e vindas. Vidas bem vindas.

sábado, 1 de agosto de 2015

Quando dois corpos se bailam

O suor,
a pele,
mãos e pés,
ritmo, prosa e poesia.

Dois pra lá,
três pra cá,
Um giro simples,
Um simples olhar.

Não há som.
Não há palavras.
Não há verbo.
Nada ao redor.

Não é um som,
Não são dois,
Três são um,
E só.

São todos.
Para tudo!
É para todos,
For all.