sábado, 26 de junho de 2010

Be Yourself

Existem tantas coisas difíceis de fazer.

Chorar, viver, amar, SER...

A verdade é que perdemos tanto tempo de nossa vida procurando algo sem sequer saber o que é, que acabamos nos perdendo nesta busca.

Mentimos constantemente para nós mesmos. Mascaramos-nos para um baile à fantasia, pois sabemos que todos estarão lá tão travestidos quanto. Não estamos sós, não somos os únicos a se disfarçar com um punhado de mentiras. Não vivemos – isto é uma dádiva que ninguém pode ter.  O que fazemos é ignorar todos os nossos medos, anseios, amores.

Mesmo querendo realizar algo, não podemos fazê-lo, afinal não seria legal.

“O que os outros pensariam de mim se eu o fizesse?”

Esquecemo-nos de nós.

Deixamos a pessoa que amamos partir.

Disfarçamos nossas lágrimas com sorrisos hipócritas.


Eu me pergunto se não seria hipocrisia maior eu estar dizendo isto tudo.


O fato é: por mais que eu pense em minha vida, no quanto estou infeliz no momento, ou ate mesmo no quanto estou feliz – sim, por incrível que pareça eu tenho meus surtos de felicidade (e gosto tanto quando acontecem) – ou em seguir meus verdadeiros sonhos, sonhos simples, ilusões que eu possuo sobre como poderia ser meu futuro se eu fizesse o que realmente quero fazer, sei que não é tão simples. Não posso abandonar tudo. Já vivi uma vida tão amarga que tudo o que eu quero é que meus filhos não sofram o mesmo. 


O que eu quero dizer com isto tudo é: Viva. Apenas isso. Não pense que ser feliz é ter um carro legal. Não pense que ser feliz é ter dinheiro. Não pense que ser feliz é pegar todas as menininhas gostosinhas que você encontrar pela frente. Com certeza ajuda momentaneamente, mas não podemos nos esquecer que o que nos faz humanos e não robôs é o fato de termos sentimentos, de sermos capazes de amar alguém mais do que a nós mesmos.

Não jogue esta capacidade que nos torna tão divinos no lixo. Não se transforme em uma máquina feita para manipular os outros ou ser manipulada.

Chore, ame, viva, seja...


“Even when you've paid enough 
Been put upon or been held up
Every single memory of the good or bad
Faces of Luck
Don't lose any sleep tonight
I'm sure everything will end up alright
You may win or lose
But be yourself is all that you can do…”
 (Audioslave – Be Yourself)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um vazio e um violão...

Sento-me sozinho no meio do nada para poder pensar. Isolo-me completamente deste mundo. Desta vida, que insiste em me cercar. De tudo. De todos.


Ao pensar, só, no meio do nada, sento-me. Penso sobre tudo. Sobre o divino. Sobre o eterno. Penso sobre tudo o que vem acontecendo em minha vida. Penso sobre meus amigos e sobre a falta que eles fazem; penso sobre minhas escolhas e o quanto parecem constantemente equivocadas; penso sobre o futuro pelo qual decidi lutar e sobre o quanto o odeio;

Sem nada ou ninguém por perto penso sobre meus amores, tanto os mais recentes quanto os que há tempos foram enterrados nas implacáveis areias do esquecimento.

No meio do nada, acompanhado pela solidão – esta doce dama que vem vestida de cetim para prostrar-se ao meu lado, que beija meus lábios sedentos por qualquer coisa que seja próxima de amor ou carinho –, penso no potencial que eu tenho para amar. Observando o esplêndido vazio que há no céu, Penso no potencial que eu tenho para não ser amado.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Insônia

No silêncio da noite a escuridão dos meus pensamentos faz ressoar em meu peito um sentimento gélido. Uma tristeza que parece ser sem fim.

Eu sei que tenho muitos amigos. E acredito que em muitos deles posso confiar, mas isto não impede que, quando eu encoste minha cabeça num travesseiro esta sensação tome conta de mim.

Meu coração, cansado de bater,  quase para.

Meus olhos, escondidos, brigam com minhas pálpebras relutantes em se fechar.

Meu cérebro não me deixa dormir.

E assim, sempre assim (ou pior), provo essa sensação homicida, chamada solidão.