domingo, 28 de março de 2010

Sonho Bom...

No momento estou sentindo uma paz de espírito, não sei porque, mas estou. São 9:30 da manha, acabei de  acordar. Normalmente a essa hora a única coisa que consigo sentir é sono, mas hoje é diferente, é como se eu soubesse que meu dia vai ser perfeito, mesmo sabendo que provavelmente não vai.

Eu não sou uma pessoa muito supersticiosa, nem sou muito religioso, mas acredito  na alma, e acredito em Deus, mas de uma forma completamente diferente do que a igreja procura nos ensinar, de uma forma mais “pessoana” (derivado de Fernando Pessoa). Bem isso não vem ao caso também, não quero abordar o tema religião a fundo por motivos mais do que óbvios.

Mas o que eu estou sentido hoje é uma coisa divina, não sei explicar o que é. Eu realmente não faço a menor idéia do que seja. Existem coisas que não são explicáveis. 

Talvez esse sentimento venha das musicas que eu estou escutando agora (estou escutando o segundo álbum da banda Blackmore’s night) não é um álbum muito poético, no sentido literário da palavra, estou na 6ª musica e ate agora não escutei uma palavra sequer, acho que este álbum é completamente instrumental, mas é lindo.

Ou talvez, o que estou sentindo tenha vindo do simples fato de eu ter dormido bem esta noite, ou então por eu ter me matado de dançar forro ontem, o que eu considero para mim uma terapia ocupacional, eu realmente quando chego lá esqueço todo o resto do mundo, todos os meus problemas, toda a minha dor, a única coisa que importa para mim quando estou lá é a musica (principalmente se for um baião) e a garota que está em minhas mãos, não danço muito, mas adoro dançar. 

While ($pessoas == ”preconceituosas”) {
echo "- Que merda é essa? Porra vei, mas você é roqueiro.... e dança forró? Ta “traindo o movimento” é?";
echo "- Sim.";
}

Enfim, não sei o que estou sentindo hoje, nem sei o porquê de estar sentindo, mas sei que é algo bom, gostoso, essa sensação rara de que a nossa vida, apesar de tudo, vale à pena, de que mesmo sabendo que um dia vamos morrer neste exato momento nos estamos vivos. O céu está azul, mas tem algumas poucas nuvens, pode ser que chova hoje (o que eu não acredito que vá acontecer) e mesmo se chover, acho que este sentimento vai continuar presente. 

Obrigado Deus (ou alma do mundo), obrigado mãe, obrigado a todos vocês, obrigado cachorrinho sujo da rua, obrigado Ritchie Blackmore, e principalmente, obrigado a todos os meus amigos. 

While ($todos == ”confusos”) {
echo "- Obrigado pelo que?";
echo "-  Obrigado por tudo, obrigado por nada, obrigado por existir...";
}

Sobre o ÓDIO

ódio :
s. m.
Aversão inveterada e absoluta; raiva; rancor; antipatia.
 (fonte: http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=%C3%B3dio)
Dizem que o ódio é o sentimento mais proximo do amor que existe...
HAHAHAHAHAHAHA....

A pessoa que disse isso nunca odiou alguem de verdade. Ódio é um sentimento amargo, corrosivo, é como a soda cáustica, ingerida pouco a pouco, pelo canudinho.
Ódio é quando a existência da outra pessoa lhe causa uma terrivel e solitária ardencia no coração.
Ódio é quando a imagem mais alegre que você consegue montar em sua mente é o enterro do outro. A balada mais esperada é o VELORIO de um certo alguem.

Não quero entrar em detalhes sobre o porquê de estar postando este texto, nem quem é o pobre coitado. Este texto foi escrito segunda-feira passada (22/03), ele nao foi postado por completo, nem vai, o restante são confissões muito pessoais. E só foi colocado aqui hoje porque eu passei a semana toda pensando se deveria ou nao coloca-lo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Quando um dia nos morremos

Era uma vez, um garoto. Este garoto tinha alguns amigos, aliás, tudo o que ele tinha eram seus amigos. Tudo para ele era a amizade. Para ele isto estava acima de qualquer outra espécie de amor. Sim, pois amizade nada mais é do que o amor fraternal. As outras formas de amar nada mais eram do que brotos, ramificações e floreamentos desta semente única.
Ele tinha seus valores éticos: não matar ninguém,  pois a vida dos outros é tão importante quanto a sua própria. Não perder tempo discutindo temas subjetivos, como religião ou futebol (ele nem sequer gostava de futebol!). Respeitar a opinião dos outros. Olhar sempre para os dois lados antes de FALAR, etc... Mas nada, nada era tão sagrado para ele quanto amizade. Nem mesmo a família. Para ele amizade é a família que a gente escolhe ter.
E era exatamente por sempre ter escolhido seus amigos de forma tão seletiva, que ele sempre estava do lado deles, mesmo quando, algumas vezes, alguns poucos não viam isso. Ele não se importava se seu amigo reconhecia seus atos ou não, ele não os fazia para impressionar, ele os fazia porque era o que ele achava correto. E por isso mesmo, muitos de seus amigos o reconheciam como uma grande pessoa. 
Porém não eram todos, alguns poucos não podiam enxergar o quanto ele os amava. E essas pessoas acabavam magoando ele diversas vezes. E de tanto eles pisarem na bola, ele desistia dessas pessoas e isso o machucava muito, era como se alguém estivesse pouco a pouco enfiando alfinetes dentro de seu coração. Quando ele resolvia esquecer essas pessoas, era como se pedaços de sua alma estivessem sendo arrancados por suas próprias mãos. Isso doía tanto nele. Muitas vezes ele sentia vontade de chorar, mas não chorava. Ele era tão forte, era o elo mais forte da corrente, mas não era forte o bastante.
Aos poucos ele ia se sentindo mais e mais corroído. Aos poucos, ele se sentia mais vazio. Seu único alicerce eram os grandes amigos que ainda restavam (Mas, qual era mesmo a sigla que nos usávamos para nos referir a eles? ).
Na ultima vez que eu o vi – Ai, que saudade do meu amigo - ele estava tão feliz, ele estava tão empolgado com a festa de nossa amiga (qual é mesmo o nome dela?). A festa não durou muito para ele. Ou melhor, durou o mesmo tanto que para nos, mas para ele a festa chegou ao fim no exato momento em que duas grandes amigas nossas terminaram com o seu sofrimento. A festa, para ele, terminou no exato momento em que ele morreu.

Dedico este texto a todos amigos e amigas que, mesmo sem saber, destroem a alma de quem tanto os ama.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O estranho

Opa, desculpe a demora, mas eu estive pensando em algo sincero para postar aqui. Recentemente estive lendo um livro de contos de um carinha chamado JOSTEIN GAARDER (isso ae, o mesmo autor de “O Mundo de Sofia”), o nome do livro é “O PASSARO RARO”. Alias, os últimos 5 livros que eu li são deste mesmo autor, ele simplesmente mudou minha forma de ver o mundo.

Voltando ao blog: Não pretendo fazer isso muito frequentemente aqui, mas desta vez vou abrir uma pequena exceção pela profundidade filosófica da coisa, estou postando a seguir um "pequeno" trecho de um dos contos dos livros, o nome do conto é “O Critico”, o trecho extraído é da resenha: “O estranho”, devido ao tamanha da resenha (15 paginas, divididas em 12 partes) vou postar apenas a 1ª e a 2ª parte, caso se interessem procurem ler o livro, garanto que vai ser muito mais LIBERTADOR.

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“[...]


O Estranho

1

Há alguma coisa estranha. Alguma coisa não está certa. Agora posso dizer isso com certeza. Não tenho mais nenhuma dúvida de que estão me fazendo de bobo.

Na verdade, não pode ser. É totalmente impossível. Mas eu vejo apenas isso; tudo o mais é acaso.

Essa idéia me dá coceiras pelo corpo todo. Fico nervoso, perturbado. Então, pulo a cadeira e fico andando pela sala, sem parar, de um lado para o outro.

Eu me levanto e me sento, me sento e me levanto outra vez.Mudo um quadro de lugar quinze vezes por hora. Eu leio vinte e três vezes a mesma e única frase. Tiro xícaras limpas do armário e as lavo para ficarem ainda mais limpas. Esvazio o cesto de lixo para achar um selo usado ou um clipe de papel. E o que é ainda pior: fico na frente do espelho fazendo caretas pra mim mesmo.

Eu não estou ficando louco. Também não sou neurótico. Não é comigo que há algo errado. Também não é um sonho. Estou completamente acordado, duplamente acordado, como dois dias que coincidissem.

A verdade é que tem algo errado acontecendo pelas minhas costas. Mais ainda: tudo se passa ali. Tudo. Infelizmente não tenho olhos na nuca. Infelizmente, infelizmente!

Mas agora não vou mais tolerar isso. Eu não posso aceitar esse estado de coisas. Vejamos, por exemplo, a vida. A vida tornou-se impossível para mim. A vida está reservada para os idiotas.

Não estou pensando na minha vida privada. Vida privada! Que se dê por feliz quem puder proferir uma palavra tão absurda sem precisar fazer careta. Há quantos anos já não tenho mais uma “vida privada”? Também não estou pensando na planejada ampliação do antigo prédio da prefeitura. Já fundamentei suficientemente minha opinião sobre esse tema. Também não estou pensando no anteprojeto de orçamento do governo. Para mim, isso não faz a menos diferença. Nem ao menos estou pensando no futuro de nosso planeta. Para mim, até mesmo nosso planeta não faz a menos diferença. Como é que podemos nos achar tão importantes...

Estou muito agitado para poder pensar em alguma coisa. Aquilo em que se consegue pensar também pode ser controlado. O que se pode nomear com palavras pode ser dominado. Mas isso aqui é pior. Muito pior.

Durante as ultimas semanas, a linguagem me abandonou. Palavras frases e opiniões ficaram para trás, assim como chocalhos e chupetas representam um estágio superado.

Não estou mais em casa na linguagem. Ela me enjeitou. Ela me expulsou para uma ilha. Para um asteróide. Se é que afinal existe alguma linguagem. Mas será que isso é certo? Nada é certo.



2

No pensamento não acontece nada de importante. O que acontece então? O que são pensamentos senão a repetição de impressões sensoriais?

No pensamento existe apenas o que os sentidos percebem.

O importante se passa atrás das minhas costas. Estou trancado numa caverna, sentado de costas para a entrada. Os dias passam, e eu fico olhando para as paredes da caverna. Não da para ver o menos facho de luz. De que me serve então dispor dos meus sentidos? Para que olhos que não distinguem nada alem da escuridão da caverna?

Eu não estou sozinho. Esta não é uma cela solitária. Não, aqui estamos todos reunidos. Toda a humanidade. Todos nós estamos aqui sentados nessa caverna.

Então, pelo menos eu teria alguém para conversar. Mas sobre o que falar se não se pode ver nada? E haveria ali alguém que compartilhasse o meu destino? Não, não – essa possibilidade também me foi tirada. Pois ninguém compreende que se encontra numa caverna. Todos os outros acreditam estar vendo tudo. Eles se sentem bem e não querem ir embora.

A mim, me faltam olhos na nuca. Mas sei que lá fora na entrada da caverna alguma coisa está acontecendo. Eu sinto isso como um formigamento no estômago, nosso mais confiável órgão dos sentidos. Alguma coisa em mim me dá coceiras. É como se eu tivesse nascido com uma fina camada de penas sob a pele. Talvez por isso eu fique tão perturbado quando vejo gansos. Gansos me provocam, e um dia desses vou pular a cerca do vizinho e matar seus gansos. Simplesmente vou matá-los.

[...]”

sexta-feira, 12 de março de 2010

por que nao posso escutar o que quero?

Hoje eu estava vendo uns topicos em uma cominidade que eu participo no orkut (Analisando Gram) e me deparei com o seguinte tópico: "TODOS QUE CURTEM LOS HERMANOS, CURTEM GRAM????". No momento eu pensei: "eu gosto de ambos". Porém, quando estava lendo as msgs do topico, me deparei com o seguinte comentario:
"NÃO !! Nada a ver uma coisa com a outra... Eu AMO Gram e ODEIO Los Hermanos... Uma coisa é samba ou talvez MPB, pq de rock os Los Hermanos já passaram longe e outra coisa é rock, mesmo que seja melancólico como o Gram."

Eu fico indignado quando leio uma coisa dessas.... é claro que cada um tem o direito de gostar. ou nao, do que bem entender, mas essa frase fez com que viesse a tona na minha cabeça o seguinte questionamento:

"por que quem gosta de rock (como eu, por exemplo) nao pode gostar de samba, MPB, bossa nova, forro???" 

Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii, XD) disse uma vez: "Por que temos que usar a musica para separar as pessoas? isso é uma coisa tão no sense na minha cabeça, já existe a religião, o futebol, a politica..."

Mas as pessoas também usam a musica para isso. Quero dizer, será que nao deveria ser o contrario? Será que a musica nao deveria unir as pessoas???

Eu nao quero dizer com isso que nao temos o direito de nao gostar de algum estilo musical, eu mesmo nao gosto de vários, realmente existe mta coisa ruim, vulgar, mas nem tudo é assim. Muitas vezes as pessoas dizem que nao gostam, levando em conta simplesmente os esteriotipos.
"Eu sou do rock, nao gosto daquele desconhecido do outro lado da rua, que escuta Samba", (mas ele é apenas um desconhecido. Pq vc nao gosta dele??? CARA ISSO NAO TEM SENTIDO NENHUM PRA MIM... EU REALMENTE DEVO SER ALGUMA ESPECIE DE LOUCO!!! OO'')

E nao pensem que eu estou digitando isso dos dedos pra fora, eu ja fui assim, roqueirosinho revoltado, que me trancava no meu quartinho sem portas e sem janelas para quem na é da minha "tribo" (um dia aprendi na escola que quem tem tribo é indio e mesmo alguns deles se relacionam entre tribos diferentes, maldito "homem branco"!!!).

Bem, talvez eu esteja errado, afinal, amar ao proximo é tão demodê!!!!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Hello world!! XD

Puts. Minha primeira postagem, no meu primeiro blog... queemoção...

Sinceramente, nem sei o que dizer. nem mesmo tenho muitas experiencias de visitas em blogs. Apenas vi um blog de uma menina que um amigo meu fica, e dep ele mesmo fez um blog pra ele, e achei uma coisa legal...

Acho que o ideal seria eu nem sequer ficar pensando em que dizer, simplesmente pretendo deixar fluir meus pensamentos....OO'


Que coisa mais, aparentemente, impossivel de se fazer essa ne? "apenas deixar fluir o pensamento"...

isso meio que sugere que somos livres para pensar como quisermos... (mas será que nao somos?)

Talvez sim, talvez nao. Talvez dependa um pouco do ponto de vista... pensem bem: a gente pode ir onde quiser, dizer o que quiser, e ate pensar o que quiser, mas será que somos mesmo nos que escolhemos ter isto tudo? Será que o fato de certo dia minha mãe ter dito: "Quijano, já disse que você nao pode fazer isto". ou: nao "diga isto".... ou: "nao pense nisto"...

Será que ao escutar isto, certo dia, eu nao fui (inconcientemente) induzido a achar que algo é certo, ou que algo é errado...

Mas se isto fosse verdade... De certo modo nao seria eu quem estava pensando... E sim a imagem inconciente que minha mae datilografou em minha cabeça...

OO''''


Acho que vou dormir, minha cabeça esta doendo um pouco... boa noite pra vcs!!!
UU'